Boas notícias no Brasil felizmente tem acontecido com frequencia maior a partir de 1994 com o processo de estabilização macroeconômica empreendida pelo Plano Real. A mobilidade social brasileira atingiu em a classe C e o grupo dos miseráveris (menos de US$/dia). O primeiro grupo passou de 31% para 47% da população e o segundo mingou de 35% para 18% do contingente populacional.
Agora a análise de dados do PNAD de 2008 pela FGV releva outra boa notícia: 53,5% dos negros e 47,3% dos mestiços no Brasil pertenciam às classes A, B e C em 2008.
Obviamente que as distorções permanecem em várias frentes: desigualdade nas oportunidades de educação de qualidade, salários em média 30% menores entre negros/mestiços se comparados a brancos com mesma qualificação, presença de segregação socio-espacial em "guetos" modernos como as favelas e periferias, etc.
Mas a pesquisa revela que a estabilidade econômica, aliada a afirmação cultural/etnica negra/mestiça, conjugada com a elevação da qualificação profissional/educacional, vem contribuindo para reduzir a desigualdade.
Enfrentar com coragem, conhecimento e atenção a questão das disparidades de renda e discriminação no Brasil, fará de todos nós uma nação melhor e um país mais justo.
EVP