domingo, 16 de maio de 2010


Boas notícias no Brasil felizmente tem acontecido com frequencia maior a partir de 1994 com o processo de estabilização macroeconômica empreendida pelo Plano Real. A mobilidade social brasileira atingiu em a classe C e o grupo dos miseráveris (menos de US$/dia). O primeiro grupo passou de 31% para 47% da população e o segundo mingou de 35% para 18% do contingente populacional.
Agora a análise de dados do PNAD de 2008 pela FGV releva outra boa notícia: 53,5% dos negros e 47,3% dos mestiços no Brasil pertenciam às classes A, B e C em 2008.
Obviamente que as distorções permanecem em várias frentes: desigualdade nas oportunidades de educação de qualidade, salários em média 30% menores entre negros/mestiços se comparados a brancos com mesma qualificação, presença de segregação socio-espacial em "guetos" modernos como as favelas e periferias, etc.
Mas a pesquisa revela que a estabilidade econômica, aliada a afirmação cultural/etnica negra/mestiça, conjugada com a elevação da qualificação profissional/educacional, vem contribuindo para reduzir a desigualdade.
Enfrentar com coragem, conhecimento e atenção a questão das disparidades de renda e discriminação no Brasil, fará de todos nós uma nação melhor e um país mais justo.
EVP

Americano é indiciado por atentado frustrado em NY Shazad enfrenta cinco acusações, entre elas de terrorismo


Um cidadão americano de origem paquistanesa foi indiciado, nesta terça-feira, pelo envolvimento em um atentado frustrado com um carro-bomba em Times Square, em Nova York, no último sábado.
Faisal Shazad, de 30 anos, era o principal suspeito no caso e enfrenta cinco acusações, entre elas a de tentar explodir uma arma de destruição em massa e praticar terrorismo. Ele foi preso na segunda-feira quando tentava embarcar para Dubai.
O acusado foi interrogado e teria admitido comprar um veículo, equipar o automóvel com uma bomba caseira e dirigir o carro até Times Square - um dos locais com maior concentração de turistas em Nova York - na noite de sábado.
Os investigadores americanos revelaram ainda que Shazad disse que agiu sozinho e que não tem qualquer associação a grupos militantes estrangeiros.
Mas relatos vindos do Paquistão indicam que polícia prendeu dois suspeitos de envolvimento no atentado frustrado. As detenções foram feitas em Karachi e baseadas em ligações telefônicas que relacionavam os suspeitos com Shazad.
As autoridades americanas afirmam ainda que el

A tentativa frustada de um novo atentado terrorista nos EUA, nos remete imediatamente a algumas considerações:
1. O terrorismo do século XXI tem como características ser: apátrida, com comando centralizado e ação descentralizada.
2. A Doutrina Bush e ação anti-terror americana se por um lado evitou um novo ataque nos últimos nove anos, não afstou/eliminou as causas das ações terroristas, quais sejam, as reais e/ou imaguinárias intervenções estadunidenses consideradas indevidas no mundo árabe-islâmico para obter petróleo abundante e barato (vide guerra do Iraque)
3. A tentativa de Obama de mudança de estratégia com a proposta de fechamento de Guantánamo, reafirmação que o verdadeiro inimigo são os radicais e não o mundo árabe-islâmico, esbarra em ações desastrosas no afeganistão - como bombardeios de mulheres e crianças em vans que se encontravam em fuga.
4. A questão é complexa uma vez que a Era Bush inaugurou um período de unipolaridade arrogante da super-potência, difícil de ser revertida a curto prazo
5. A rede Al-Qaeda não está morta e tenta vez por outra causar danos menores mas faze-lo levando medo e pãnico ao ocidente.
A cooptação de jovens mártires parece fácil e o terror longe de um fim.

EVP

Europa


A Europa vive um impasse. De um lado a distribuição de renda, a melhoria das condições econômicas, o acesso aos anticoncepcionais e a entrada da mulher no mercado de trabalho, fez com que a taxa de natalidade caísse em muitos países para a simples reposição populacional ou até mesmo para taxas de decrescimo de população (taxa negativa).
Isto implica dois problema imediatos: mão-de-obra e mercado consumidor. De um lado tenta-se incentivar os europeus à taxas positivas, com reduções tributárias, crédito subsidiado a aquisição de casa própria e até auxílios maternidade/paternidade diretos na folha salarial. Tudo em vão!  O continente, voltado como está para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, com custos de vida cada vez mais elevados e uma sociedade mais egocêntrica, busca ter  menos filhos e focar suas vidas mais em si mesmos.
Assim a alternativa é a imigração. Mas esta traz os inconveniêntes das questões culturais: lingua, religião, moral, ética, hábitos alimentares, modos de vida e de ser... numa sociedade judaico-cristã, o mundo árabe-islâmico é o que mais assusta.
Assim o véu islâmico, a burka, e todos os outros simbolismos deste universo, vem sofrendo o choque do contato com o "outro".
Crescem a xenofobia, o ultranacionalismo, o neofaciosmo e o neonazismo. Longe de representarem contudo, movimentos isolados, conseguem atingir cada vez um número mais de simpatizantes ou aqueles que são menos resistentes as suas idéias, e assim a globalização, vai encontrando focos de fragmentação bem no seu cerne: no meio cultural.]
EVP